A cada ano que passa, novos nomes surgem assinando grandes descobertas no cenário da pesquisa mundial, não só na medicina, mas em diversas áreas de estudo da ciência. Inovação e tecnologia andam juntas em prol de novas técnicas e métodos para solução de problemas.
E neste seleto grupo de profissionais que dedicam a vida pela ciência estão nomes de expoentes brasileiros que fizeram história e outros que estão construindo sua jornada de maneira brilhante, deixando um grande legado para as gerações futuras.
Neste artigo você conhecerá alguns dos profissionais que viveram e vivem em prol da medicina e sempre em busca de descobertas que podem mudar a condução de procedimentos e de terapêuticas de muitas doenças.
A história viva da medicina
No Brasil estão localizadas algumas das universidades mais renomadas do mundo quando o assunto é ciência e estas escolas formaram alguns dos maiores pesquisadores que a história já viu.
O médico e cientista Oswaldo Cruz, por exemplo, cursou a faculdade de Medicina no Rio de Janeiro e aos vinte e poucos anos começou a publicar artigos sobre microbiologia, se especializando em epidemiologia, bacteriologia e sanitarismo.
O médico empreendeu campanhas sanitárias de combate às principais doenças: febre amarela, peste bubônica e varíola.
Carlos Chagas, conterrâneo da mesma faculdade do Dr. Oswaldo Cruz, descobriu o protozoário Trypanosoma cruzi, que causava a famosa “doença de Chagas”. O cientista chegou a comandar o Departamento Nacional de Saúde Pública no governo de Epitácio Pessoa e sua atuação também foi muito importante nas pesquisas sobre a malária.
Já Vital Brazil foi o médico que desenvolveu o estudo das toxinas para criar o soro antiofídico, responsável por tratar indivíduos que são picados por animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, por exemplo. O pesquisador também participou de estudos que visavam a cura da peste bubônica, da varíola, do tifo e da febre amarela, dedicando 20 anos de sua carreira na produção de soros e vacinas.
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A nova geração de pesquisadores
Mas nem só de história vive a medicina brasileira. Os anos se passaram, diversas técnicas se aprimoraram e grandes instituições foram surgindo e se tornando centros de formação de profissionais importantes para a medicina contemporânea.
Há pouco tempo, um dos casos que ganhou a atenção da comunidade científica mundial foi o da biomédica e cientista Jaqueline Goes de Jesus, que liderou o sequenciamento do genoma de uma variante do Covid-19 no Brasil.
A pesquisadora integrou a equipe que mapeou o genoma da doença em tempo recorde (48h), logo após a confirmação dos primeiros casos da doença no Brasil. Jaqueline é doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisadora no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP).
Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apresentou, numa conferência internacional de Aids, um estudo liderado pelo professor e infectologista Ricardo Diaz, que mostrou o primeiro caso de um soropositivo que entrou em remissão de carga viral do HIV havia mais de dois anos.
A Aids surgiu no Brasil em meados dos anos 80 e, desde então, muitos tratamentos mantêm a doença sob controle, reduzindo a mortalidade e aumentando a sobrevida de muitos pacientes portadores de HIV. É esperado que casos como esse possam impulsionar pesquisas adicionais para mais descobertas em busca da cura efetiva da doença.
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O futuro está nas mãos de todos
Esses são somente alguns dos casos célebres quando o assunto é pesquisa científica na área médica. A grande realidade é que cada vez mais as universidades, os órgãos governamentais e as empresas privadas precisam respaldar as próximas gerações para que a qualidade da pesquisa brasileira possa aumentar e criar novos capítulos, a fim de fomentar o desenvolvimento da ciência no país.
Para que isso aconteça é preciso ter incentivo à pesquisa e reconhecimento aos profissionais que dedicam suas vidas em busca do descobrimento de curas, tratamentos inovadores, procedimentos e métodos que visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O futuro está na realização de pesquisas e nas mãos e mentes de todos envolvidos nesse universo científico.